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Sou do tempo em que “Feliz Aniversário” se dava pessoalmente,
com abraços e presentes; que os encontros e convites eram feitos por telefone,
quando podíamos ouvir uma voz do outro lado: o prazer da suavidade da voz, e a
gente poder dizer o que está sentindo, discutir por que ir ou não ir, e até
mesmo mudar de ideia depois de uma boa conversa... Sou do tempo em que éramos
surpreendidos com uma visita inesperada, o toque da campainha ou do interfone,
fazendo o nosso coração disparar de felicidade (ou não)... de quando chegavam e
colocavam as mãos nos nossos olhos e tínhamos de adivinhar quem era... Sou do
tempo em que os namoros eram encantados, que a gente ficava no portão esperando
o nosso amor passar, só para ganhar um sorriso e um olhar, que ia lá dentro dos
olhos e dava aquele friozinho na barriga. Agora o que nos resta são mensagens
prontas, que nos mandam pela rede social, copiadas de alguma página específica,
agora o que nos resta é a emoção de ver um “in-box” aceso... Agora o que nos resta
é um toque no celular, avisando que chegou mensagem... Queria voltar ao tempo
quando tudo era pura sinestesia... (Maria Cristina Gama)
3 comentários:
Verdade pura esse seu texto. É assim mesmo que as coisas funcionam hoje em dia. Essa nova geração virou prisioneira da tecnologia e o calor humano é agora é raro.
Indiquei seu blog em uma tag. Segue o link:
http://ymaia.blogspot.com/2012/03/tag.html
Beijos!
Querida amiga
Ler palavras que nos toquem
o coração,
é como chegar as estrelas
nos braços da luz.
Que haja sempre em ti,
tempo para estar a sós contigo
para ouvir a música do teu coração...
Querida Chris, também sou desse tempo e sinto saudades.
Tempo em que nem se precisava ligar pra marcar uma visita.
Na minha casa sempre o portão estava aberto e não faltava um pedaço de bolo pra servir pras visitas, podia ser num final de semana, ou numa segunda-feira, sempre minha mãe estava disposta a receber alguém. Mesmo com muito trabalho em casa, não faltava a alegria pra parar um pouco pra uma "boa prosa".
Ai que saudades desses tempos...
Amei seu poema.
Beijos.
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